Sempre fui fascinado por Alice.
Há referências à sua saga em tudo que eu gosto o suficiente pra me dedicar.
Suas indagações existencialistas vão além do quantitativo de simples ser, mas ao qualitativo do como e porque ser.
Eu li ambos os livros há muitos anos atrás e nunca me esqueci de como eles me pareceram tão reais nesse mundo maluco.
A temática do obscuro, daquilo que não está à vista dos olhos, me instiga, enquanto a escuridão do buraco afasta a maioria.
Underground é a terra das maravilhas e do nonsense, o impossível disfarçado. E também referência àquilo que não está ao simples alcance.
Você tem que olhar bem fundo. Cavar bastante.
A verdade é muito mais louca e está muito mais soterrada do que imaginamos, e nenhuma referência é melhor
para compreendermos isso do que a experiência de atravessar o espelho. Olhar, e se olhar. De outros lados e do avesso. Existe um lado da sua Lua que ninguém vê.
Tudo tem mais de um lado, mais de uma face. E quando elas se encaram, uma nova expressão surge.
O buraco é muito profundo, e os olhos ainda buscam constantemente o foco mas, uma vez dentro, não se volta pela mesma entrada. Não se pega o mesmo caminho.
Não se volta ao mesmo momento no espaço-tempo. Nem à si mesmo no momento.
O buraco?
Não devemos cair......devemos pular.
Por isso, à todos uma boa viagem e um feliz desaniversário.
Mais chá?
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2 comentários:
sem chá!
tantas vezes me pego diante do espelho e a reação é impressionante...rs
não queira sabe =/
boas reflexões
bjos
O chá é só um simbolismo.....e tb, tomar chá é só uma convenção social subaproveitada.....mas com gde potencial filosófico rsrsr
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