SIиӕsTɘsIα

domingo, 25 de abril de 2010

ser

Sempre fui fascinado por Alice.

Há referências à sua saga em tudo que eu gosto o suficiente pra me dedicar.

Suas indagações existencialistas vão além do quantitativo de simples ser, mas ao qualitativo do como e porque ser.

Eu li ambos os livros há muitos anos atrás e nunca me esqueci de como eles me pareceram tão reais nesse mundo maluco.

A temática do obscuro, daquilo que não está à vista dos olhos, me instiga, enquanto a escuridão do buraco afasta a maioria.

Underground é a terra das maravilhas e do nonsense, o impossível disfarçado. E também referência àquilo que não está ao simples alcance.

Você tem que olhar bem fundo. Cavar bastante.

A verdade é muito mais louca e está muito mais soterrada do que imaginamos, e nenhuma referência é melhor
para compreendermos isso do que a experiência de atravessar o espelho. Olhar, e se olhar. De outros lados e do avesso. Existe um lado da sua Lua que ninguém vê.

Tudo tem mais de um lado, mais de uma face. E quando elas se encaram, uma nova expressão surge.

O buraco é muito profundo, e os olhos ainda buscam constantemente o foco mas, uma vez dentro, não se volta pela mesma entrada. Não se pega o mesmo caminho.

Não se volta ao mesmo momento no espaço-tempo. Nem à si mesmo no momento.

O buraco?

Não devemos cair......devemos pular.

Por isso, à todos uma boa viagem e um feliz desaniversário.

Mais chá?

2 comentários:

Anaísa disse...

sem chá!
tantas vezes me pego diante do espelho e a reação é impressionante...rs
não queira sabe =/
boas reflexões
bjos

Minerio disse...

O chá é só um simbolismo.....e tb, tomar chá é só uma convenção social subaproveitada.....mas com gde potencial filosófico rsrsr