Trechos extraídos de um capítulo do livro Cantiga de Ninar, de Chuck Palahniuk:
"...sob o assoalho, alguém está exclamando as palavras da letra de uma canção. Essas pessoas que precisam de suas tevês, vitrolas ou rádios tocando o tempo todo, essas pessoas que têm medo do silêncio, são minhas vizinhas."
"Nós aumentamos o volume da nossa música para abafar o barulho. Os outros aumentam o volume da sua música para abafar a nossa."
"Não se trata de qualidade. Trata-se de volume."
"Não se trata de música. Trata-se de ganhar a corrida."
"Você domina. Na verdade, trata-se de poder."
"...George Orwell trocou as bolas."
"O Big Brother não está vigiando coisa alguma. Ele está cantando e dançando. Ele se dedica a prender nossa atenção durante cada minuto que passamos acordados. Quer garantir que estejamos sempre distraídos....completamente absortos."
"Ele quer garantir que nossa imaginação feneça. Até tornar-se inútil feito nosso apêndice...."
"E este negócio de ser alimentado é pior do que ser vigiado. Com o mundo sempre nos preenchendo, ninguém precisa se preocupar com o que está na nossa mente. Com a imaginação de todos atrofiada, ninguém jamais será uma ameaça ao mundo."
"A verdade é que você consegue esquecer até 'aquele dia' durante o momento que leva para dar um nó perfeito na gravata."
"Isso eu sei. Essa é minha vida."
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No silêncio, você encontra a si mesmo. E esse é o problema.
sexta-feira, 11 de junho de 2010
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